O Globo
A mesma pesquisa Genial/Quaest que mostrou um cenário difícil para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em oito estados, com queda da popularidade do petista, revela que o titular do Planalto soma mais do que o dobro da desaprovação de governadores de direita cotados para sucedê-lo em 2026. Novos dados do levantamento, divulgados nesta quinta-feira, detectam o mesmo panorama na comparação entre os índices do presidente e os de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR) e Ronaldo Caiado (União-GO) em seus respectivos estados.
Em São Paulo, Lula alcançou 29% de aprovação, contra 69% de reprovação. Tarcísio, por sua vez, obteve 61% e 28%, respectivamente. A avaliação do governo federal e da gestão estadual demonstra quadro semelhante. Enquanto o presidente tem 55% de negativo, 27% de regular e 16% de positivo, o governador aliado de Jair Bolsonaro (PL) registra 14%, 34% e 41% nos mesmos índices.
O melhor desempenho de Lula, embora ainda majoritariamente negativo, se deu em Minas, onde ele conquistou 35% de aprovação e 63% de reprovação. Zema, mais uma vez, se sai melhor, com 62% de aprovação e 30% de reprovação. Na avaliação das duas gestões, novamente pouco muda: o petista computa 51% de negativo, 25% de regular e 22% de positivo, enquanto o governo ostenta 41%, 37% e 14%, respectivamente.
No Paraná, 68% desaprovam Lula, diante de 29% que aprovam. Ratinho Jr., o governador, obteve 81% de aprovação, contra 14% de desaprovação. O governador também tem vantagem confortável se observados os números de avaliação: 65% de positivo, 24% de regular e somente 6% de negativo. Já o presidente fica, na mesma ordem, com 20%, 19% e 59%.
Por fim, em Goiás são 70% os que desaprovam Lula, e 28% que aprovam. Caiado atinge 9% e 86%, respectivamente — a disparidade mais marcante na comparação com os dados do presidente nos quatro estados analisados. Na avaliação, o petista aparece com 58% de negativo, 22% de regular e 18% de positivo entre os goianos, contra 4%, 17% e 74%, na respectiva ordem, do governador.
O instituto foi a campo entre os dias 19 e 23 de fevereiro nos quatro estados. Foram realizadas 1.644 entrevistas em São Paulo e 1.482 em Minas Gerais, além de 1.104 pessoas ouvidas tanto no Paraná quanto em Goiás. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos no caso de São Paulo e de três pontos nos demais estados.