Os legumes e hortaliças que você traz da feira provavelmente vêm das terras de um pequeno produtor. Isso porque, em Pernambuco, a agricultura familiar abastece 70% da população com alimentos frescos. A atividade avançou nos últimos anos, mas os produtores ainda enfrentam dificuldades como o ao crédito e à assistência técnica. Uma oportunidade para conhecer a produção dos pequenos agricultores e pecuaristas do Estado é visitar a 1ª Feira de Negócios da Agricultura Familiar (Feneaf), que começou na última quinta-feira (12) e segue até este domingo (15). Realizada pelo Governo de Pernambuco, a feira acontece no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), no Bongi, com entrada gratuita.
O evento reúne cerca de 300 agricultores e agricultoras, distribuídos em 250 estandes, mostrando que agregar sustentabilidade, inovação e tecnologia ao negócio pode transformar vidas no campo. A presidente do IPA, Ellen Viégas, explica que a expectativa é mostrar que muitos agricultores e agricultoras já não se dedicam exclusivamente à subsistência. “Com a ajuda de qualificações, o incentivo de programas governamentais, e para inovação em empreendedorismo e assistência tecnológica, muitos pequenos produtores do Estado já deram um o adiante rumo à estruturação de um negócio mais robusto”, afirma.
Na abertura da 1ª Feira de Negócios da Agricultura Familiar (Feneaf), a governadora Raquel Lyra assinou duas ordens de serviço para fortalecer a agricultura familiar em Pernambuco. A primeira, de R$ 18 milhões, é para aração de terras, e a segunda, de R$ 7 milhões, é destinada à distribuição de sementes em municípios do Sertão. O evento é uma oportunidade de negócios para agricultores de todas as regiões do Estado comercializarem seus produtos. Hoje Pernambuco conta com 230 mil famílias de produtores familiares.
“Aqui na feira tem agricultores de Pernambuco inteiro mostrando a capacidade de produção da nossa gente, gerando negócios para, muitas vezes, o ano todo. E nós estamos trabalhando para reforçar essas ações. Nós temos o fortalecimento com a distribuição de sementes no tempo certo e também as horas-máquinas tão sonhadas, porque não adianta nada a gente entregar as sementes se eles não têm as máquinas para poder arar a terra. Vamos trabalhar para gerar emprego e renda no nosso estado”, destacou a governadora Raquel Lyra.
A primeira foi para contratação do serviço de aração da terra, ação importante para preparar a terra para receber as sementes. A segunda vai distribuir 512 toneladas de sementes de milho, feijão e sorgo para municípios do Sertão pernambucano.
Ainda na ocasião, a gestora vistoriou seis caminhonetes que serão destinadas a fortalecer o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Indígena, iniciativa em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social. A chefe do Executivo estadual também conheceu algumas máquinas e tratores, que vão fazer parte de um grande programa para a agricultura familiar, a ser lançado em breve.
Mel, queijos, mariscos